Em 1965, Arno Penzias e Robert Wilson, nos Laboratórios Bell nos EUA, descobriram a RCF através da deteção de um ruído numa radioantena que persistia apesar de uma cuidadosa inspeção do equipamento. Esta radiação foi uma peça-chave na corroboração da teoria do Big Bang, e tem sido estudada por vários satélites espaciais, como o COBE, o WMAP e o Planck, uma vez que é extremamente rica em informação e permite determinar muitas propriedades do Universo e o seu conteúdo. Através da RCF sabemos que a geometria do Universo (este é quadri-dimensional, isto é, tem 3 dimensões espaciais e 1 temporal), correspondente à parte espacial é plana. Esta radiação permite-nos também estimar, com base na teoria da gravitação de Einstein e observações de supernovas distantes, que cerca de 68% da energia do Universo está distribuída de forma ténue e uniforme por toda a parte, e que por não se manifestar luminosamente, é designada por energia escura, assim como também se consegue inferir que existe mais matéria que a conhecida: a matéria escura.