Este fenómeno foi descoberto em 1827, quando o químico alemão Friedrich Wöhler (1800-1882) preparou ácido ciânico e verificou que este composto, apesar de apresentar propriedades diferentes, tinha uma composição igual ao ácido fulmínico (figura 1).


Figura 1. Isómeros inicialmente descobertos por Wöhler: (a) ácido ciânico; (b) ácido fulmínico.)

Wöhler, no ano seguinte, verificou o mesmo fenómeno para a ureia e o isocianato de amónio, ou seja, ambos os compostos apresentam a mesma fórmula molecular (figura 2) mas diferentes propriedades.


Figura 2. Isómeros constitucionais: (a) Ureia; (b) isocianato de amónio.)

Posteriormente, o químico sueco Jakob Berzelius justificou este fenómeno propondo que os átomos numa molécula podem-se ligar de diferentes maneiras, tendo introduzido o termo isómero para designar estes compostos. Etimologicamente, a palavra isómero deriva do grego isos que significa “igual” e meros que significa “parte”.

Os isómeros são classificados de acordo com os diferentes arranjos estruturais ou espaciais (figura 3). Os isómeros que diferem na fórmula de estrutura designam-se por isómeros constitucionais. Os isómeros que diferem apenas na fórmula estereoquímica (disposição espacial dos átomos), designam-se por estereoisómeros ou isómeros estereoquímicos (isómeros cis-trans, confórmeros, enantiómeros).


Figura 3. Diagrama de classificação dos isómeros.)