“... a evolução produziu um conjunto de espécies ordenadas segundo diferentes graus de relações genealógicas. A taxonomia, procurando essa ordem, é a ciência fundamental da história natural.” Disse Stephen Jay Gould, no seu livro “Natural History”

Os termos sistemática e taxonomia são muitas vezes confundidos e usados como sinónimos não o sendo. A sistemática atribui nomes científicos aos organismos, descreve-os, promove a manutenção de coleções, elabora sistemas de classificação para os organismos, chaves de identificação, investiga as suas histórias evolutivas e considera as suas adaptação ao meio. A taxonomia ocupa-se da atribuição de nomes científicos e elabora sistemas de classificação para os organismos.

Carl Linnaeus, considerado o pai da taxonomia, tentou nomear e descrever todos os organismos conhecidos. Em 1753, publicou o Species Plantarum, onde descreveu as espécies de plantas. Nesta obra Lineu utilizou a descrição pouco prática que até então era utilizada constituída por doze palavras – nomenclatura polinomial, para descrever cada espécie, e simultaneamente começou a utilizar um sistema mais simples de apenas duas palavras – nomenclatura binomial. A implementação oficial desta nova nomenclatura binomial será em 1758 com a publicação da 10º edição do Systema Naturae, onde é aplicada a todos as espécies.


Características da nomenclatura binomial de classificação de espécies:


  • a língua é o latim, uma língua morta que não sofre alterações (ao contrário de, por exemplo, o português que adquire e perde termos aos longo do tempo e altera a ortografia das palavras) para que cientistas de todas as nacionalidades pudessem comunicar sem ocorrerem erros.
  • duas palavras: a primeira identifica o género e a segunda – o restritivo específico – identifica a espécie dentro do género. O uso do restritivo específico isolado não tem qualquer significado.

C. Linnaeus classificou os organismos em dois grandes grupos que designou por Reinos (Animalia e Plantae), mas outras categorias taxonómicas foram estabelecidas para criar uma hierarquia entre as espécies e o Reino.

Os organismos são agrupados em categorias taxonómicas (taxon no singular e taxa no plural) hierárquicas em que o Reino é o taxon mais abrangente com a maior diversidade de organismos e a espécie o mais restrito (por muitos considerado o único taxon verdadeiro, sendo os outros criados pelo Homem nos seus sistemas de classificação). Atualmente o sistema de classificação aceite pela comunidade científica compraz 7 taxa principais: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género e Espécie – do mais abrangente para o mais restrito, respetivamente.


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  1. A Autoestrada da Vida, acompanhe a viagem da vida pelos caminhos da evolução