Hipótese do Fluxo de Massa

Em 1930, Ernest Münch propôs uma explicação para a translocação de seiva floémica – hipótese de fluxo de massa – admitindo que a seiva se move influenciada por um gradiente de sacarose estabelecido entre os locais onde a sacarose entra no floema, folha por exemplo, e o local de consumo ou reserva da mesma. A hipótese inicial admitia apenas transporte passivo a favor de um gradiente de concentração de sacarose, mas atualmente sabe-se que também existe associado um transporte ativo, nomeadamente ao nível do tecido clorofilino para o floema contra o gradiente de concentração.

Os glícidos produzidos durante a fotossíntese são convertidos em sacarose antes de entrarem para o floema. A sacarose entra nas células de companhia do floema, por transporte ativo, e é conduzida aos elementos dos tubos crivosos por ligações citoplasmáticas. A entrada da sacarose nos tubos crivosos aumenta a pressão osmótica nestas células o que causa a entrada de água vinda do xilema, e fazendo aumentar a pressão osmótica, exercida nas paredes das células crivosas. A pressão de turgescência faz com que o conteúdo atravesse as placas crivosas para as células, no sentido da menor pressão osmótica. Nas regiões de consumo e armazenamento de sacarose da planta, ela é retirada do floema por transporte ativo, através das células de companhia e a água regressa ao xilema por diminuição da pressão osmótica.

Embora esta hipótese não seja totalmente aceite pela comunidade científica é a que melhor explica o fenómeno de translocação do floema.