Tal é concretizado fazendo de M a fase terminal catódica de uma célula eletroquímica, seja galvânica, seja eletrolítica. No primeiro caso, M tem de ser conectado a outro metal, M’, cujo potencial de elétrodo, E’eq, seja menor que Eeq. Consequentemente, ocorre a dissolução anódica de M’ o que justifica a designação corrente de ânodo sacrificado. No cátodo verifica-se

2H+ + 2e  → H2 (meio ácido)

2H2O + O2 + 4e → 4 OH- (meio neutro)

persevando-se assim a integridade de M. Na alternativa de formação de uma célula eletrolítica, há a necessidade de aplicar uma corrente elétrica, por isso denominada impressa, o que implica o recurso a um gerador externo. Por razões óbvias de carácter económico, os ânodos são inertes, pelo que a correspondente reação eletródica é

2H2O → 4 H+ + O2 + 2e.

Ambos os métodos apresentam vantagens e inconvenientes, alguns relacionados com as dimensões e geometrias das estruturas a proteger. A decisão de utilizar este tipo de proteção, bem como a opção por ânodos sacrificados ou corrente impressa, deve ser fundamentada por cuidadosa análise das vertentes técnica e económica; a sua implementação implica criterioso dimensionamento.

A proteção catódica é amplamente empregue em estruturas metálicas enterradas ou submersas, e.g. tugagens, tanques e depósitos, redes elétricas, navios, equipamentos portuários, plataformas marítimas, armaduras de cimento armado. Comparativamente a outros tratamentos anti-corrosão, apresenta a significativa vantagem da simplicidade e fácil monitorização em contínuo.