dando origem à mesma contribuição para o potencial da célula, desde que a atividade do ião hidrogénio na solução e a pressão de H2 com a qual está em equilíbrio sejam sempre as mesmas. Os valores escolhidos são atividade unitária para o ião hidrogénio e pressão unitária para o gás hidrogénio, constituindo-se o elétrodo normal de hidrogénio ( ENH), também designado por elétrodo padrão de hidrogénio,

Pt/ H2 (a = 1) / H+ (a = 1)

cujo potencial a todas as temperaturas é arbitrariamente assumido como zero.

Assim, para cada elétrodo, por exemplo um metal em contacto com uma solução dos seus iões de atividade unitária, o potencial da célula (em que o elétrodo padrão de hidrogénio funciona como ânodo)

Pt/ H2 (a=1)/H+ (a=1) || Mz+ (a=1)| M

representa o potencial padrão do par Mz+ | M na escala do ENH (Eo vs ENH).

Escrevendo as meias reações como redução e tabulando os respetivos potenciais de padrão de elétrodo, obtém-se a série eletroquímica.

Em soluções não aquosas é necessário usar outra reação padrão em vez da ionização do hidrogénio.

Da informação contida numa lista ordenada pode concluir-se rapidamente se um dado processo redox ocorre espontaneamente; metais com potenciais padrão elevados e positivos dizem-se nobres enquanto na extremidade oposta da tabela se encontram os metais reativos, ou seja com maior tendência a oxidar-se. Efetivamente a série foi estabelecida experimentalmente verificando-se que metais deslocavam outros de soluções dos seus sais. Uma chapa de zinco imersa numa solução de sulfato de cobre fica rapidamente recoberta por um depósito de cobre metálico, enquanto o zinco passa à solução, tal como indiciado pelos valores dos respetivos potencias padrão (Eo (Cu2+/ Cu = + 0,35 V; Eo (Zn2+/ Zn) = -0,76 V).