Reginald C. Punnet desenvolveu este método de análise para determinar a probabilidade de a descendência de um cruzamento ter um determinado genótipo. O quadro de Punnet apresenta todas as combinações possíveis entre os alelos maternais e paternais para cada gene em estudo.

É importante ter em conta que o Quadro de Punnet dá a probabilidade de ocorrência de genótipos mas não de fenótipos. Os fenótipos vão depender da interação entre os alelos, se existe uma relação de dominância/recessividade ou de codominância.


Figura 1. Aspeto geral de um Quadro de Punnet

Cruzamento Monohíbrido

Num cruzamento monohíbrido estuda-se apenas uma determinada característica, por exemplo, a cor das flores de uma planta.

No caso apresentado na figura ambos os organismos têm um genótipo Ss, produzindo dois tipos de gâmetas, com o alelo S ou com o alelo s.

A probabilidade da descendência ter um genótipo SS é de 25% (ou ¼), Ss é de 50% (ou ½) e de ss é de 25% (ou ¼). Quanto ao fenótipo apresentado pelos indivíduos, as cores utilizadas nos quadrados correspondem aos diferentes fenótipos possíveis, sendo as probabilidades de ocorrerem as seguintes: S é de 75% (ou ¾) e s é de 25% (ou ¼) - o exemplo apresentado refere-se a uma caso de dominância do alelo S sobre o alelo s.


FIGURA 2. Quadro de Punnet para um cruzamento monohíbrido.

Cruzamento dihíbrido

Neste caso analisam-se cruzamentos tendo em conta duas características.

O Quadro de Punnet, no entanto, só pode ser utilizado quando os genes são independentes um do outro, isto é, quando a segunda lei de Mendel é cumprida (a presença de um determinado alelo do gene X não implica a presença de um outro alelo do gene Y).

No exemplo apresentado ambos os dadores de gâmetas têm um genótipo AaYy, produzindo gâmetas de quatro tipos: AY, Ay, aY e ay.


FIGURA 3. Quadro de Punnet para um cruzamento dihíbrido