Figura 1. Anders Jonas Ångström (1814 – 1874).

Instruído na Universidade de Uppsala, Ångström (figura 1) tornou-se Privatdozent (o equivalente a professor associado) em 1839 e passou a reger a cadeira de Física em 1858. Em 1843 tornou-se observador do Observatório de Uppsala e tornou-se fellow da Royal Society em 1870.

Os trabalhos mais importantes de Ångström diziam respeito a estudos sobre transferências de calor e espetroscopia. Ele concebeu um método para medir condutividades térmicas, mostrando que estas eram proporcionais às condutividades elétricas nos metais. No seu trabalho “Estudos Óticos”, do original Optiska Undersökningar, apresentado à Academia Sueca em 1853, Ångström destacou que as faíscas produziam dois espetros sobrepostos, um relativo ao metal de que o elétrodo era construído e outro relativo ao gás através do qual a faísca atravessava.

Ångström, então no Observatório de Uppsala, foi o pioneiro da análise espetral, tendo deduzido, em 1853, da teoria da ressonância de Euler, o princípio de que um gás incandescente emite raios do mesmo comprimento de onda daqueles que absorve. Dos seus estudos sobre o espetro solar, anunciou, em 1862, a presença de hidrogénio na atmosfera solar e, em 1868, elaborou um grande mapa do espetro solar. Foi o primeiro, em 1867, a examinar o espetro da aurora boreal e a detetar e medir a sua característica linha brilhante na região amarelo-esverdeado.