As reações de hipersensibilidade podem ser a susbstâncias não-patogénicas – as alergias, provocadas por antigénios – os alergénios. Os alergénios são na maioria dos casos, moléculas proteicas existentes em pólen, ácaros, pelos de animais (não humanos), alguns alimentos (os denominados frutos secos, morangos, marisco), entre outros.

Quando os antigénios contactam com o corpo do indivíduo (por exemplo, mucosa nasal ou epitélio bucal e saliva) induz uma resposta imune humoral. No caso, da mucosa nasal os tecidos são ricos em linfócitos B que provocam a produção de anticorpos tipo IgE. Os anticorpos ligam-se aos recetores presentes nos mastócitos e basófilos no tecido conjuntivo e em circulação no sangue. Nestas células desencadeiam a produção de histamina e outras substâncias químicas atuantes em respostas inflamatórias. A histamina e outras substâncias desencadeiam a reação alérgica. Esta situação de hipersensibilidade pode durar várias semanas – casos típicos de alergias durante a primavera e o verão – mas se não houver exposição aos alergénios as células são inofensivas para o indivíduo.

Em casos extremos de hipersensibilidade causada por alergia os indivíduos podem sofrer um choque anafilático – os antigénios em vez de afetarem a pele ou as vias respiratórias, espalham-se rapidamente através da corrente sanguínea e afetam todo o corpo. As grandes quantidades de histamina produzidas causa uma excessiva dilatação dos vasos e uma consequente descida da pressão sanguínea. A baixa de pressão pode ser fatal se não permitir a renovação do oxigénio e de nutrientes nas células dos tecidos vitais. Muitas vezes é acompanhada por edema da glote.