Paleomagnetismo
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- * Faculdade de Ciências Universidade do Porto
- ɫ Faculdade de Ciências Universidade do Porto
- ‡ Escola Secundária de Carvalhos
- + Escola Básica 2/3 Soares dos Reis
Referência Dias, A.J.G., Freitas, M.C.A.O., Guedes, F., Bastos, M.C., (2013) Paleomagnetismo, Rev. Ciência Elem., V1(1):019
DOI http://doi.org/10.24927/rce2013.019
Palavras-chave Paleomagnetismo; campos; magnéticos;
Resumo
Estudo dos antigos campos magnéticos terrestres que ficaram preservados nas rochas aquando da sua formação.
Este estudo mostrou que algumas rochas registavam o campo magnético terrestre na altura da sua formação, podendo conservá-lo durante centenas de milhões de anos. Mostrou, ainda, que muitas dessas rochas apresentavam o registo de um campo magnético com polaridade diferente da atual, evidenciando que o campo magnético terrestre tinha sofrido, com frequência, inversões na sua polaridade (inversão magnética).
Nesta situação, os polos magnéticos mudam as suas posições, ficando o polo norte magnético próximo do polo sul geográfico, isto é, a polaridade é inversa. Presentemente, o polo norte magnético está próximo do polo norte geográfico, isto é, a polaridade é normal.
A explicação da inversão da polaridade do campo magnético terrestre é mal conhecida, mas admite-se que possa estar relacionada com alterações das correntes de material, dentro do núcleo. O estudo do paleomagnetismo permitiu acompanhar as alterações do campo magnético da Terra e construir uma escala cronológica das inversões magnéticas ocorridas nos últimos 5 milhões de anos.
Nos anos 60, F. J. Vine e D. H. Matthews, cientistas britânicos, juntaram a hipótese de expansão dos fundos oceânicos com os resultados de trabalhos de paleomagnetismo a oeste da ilha de Vancouver, e sugeriram que o crescimento do fundo oceânico se fazia através dos riftes, à custa do material magmático proveniente do interior da Terra. Com efeito, o magma, ao solidificar, magnetiza-se em função do campo magnético existente na altura. Esta ejeção de magma é seguida por outras que se vão afastando para um e outro lado dos riftes, consolidando e magnetizando-se de acordo com o campo magnético existente na altura.
A ocorrência de uma alternância de rochas com polaridade normal e inversa, dispostas simetricamente em relação ao rifte, é a prova mais consistente da expansão dos fundos oceânicos.
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