O neutrão foi descoberto em 1932 pelo Físico britânico James Chadwick1. Chadwick usava radiação para bombardear diversos materiais. Numa determinada experiência, quando irradiou o Berílio (4Be), verificou a existência de uma partícula com um poder de penetração bastante elevado. Mais tarde verificou que esta partícula não tinha carga elétrica, facto que deu origem ao seu nome – neutrão – que vem de neutral do Latim, que significa ausência de carga elétrica. O Prémio Nobel da Física foi atribuído, em 1935, a James Chadwick pela descoberta do neutrão.2

Existem nuclídeos que libertam neutrões naturalmente através de um decaimento radioativo. Este processo é conhecido pela emissão de neutrões e ocorre muito frequentemente de forma espontânea para o núcleo atómico adquirir mais estabilidade. Os neutrões livres são extremamente instáveis, dado o seu período de semi-vida (aproximadamente 14 minutos e 46 segundos). Consequentemente, ocorre um decaimento beta onde há a formação de um protão (p+), um eletrão (e-) e um antineutrino ( \(\bar \nu\) ).