Teoria da tensão-coesão-adesão
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- Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra
Referência Correia, S., (2014) Teoria da tensão-coesão-adesão, Rev. Ciência Elem., V2(1):007
DOI http://doi.org/10.24927/rce2014.007
Palavras-chave teoria; seiva;
Resumo
A teoria da tensão-coesão-adesão, inicialmente desenvolvida por Dixon e Joly (1895), é o modelo atualmente mais aceite para explicar o movimento ascendente da seiva bruta (xilémica) na planta. Este movimento é uma consequência da perda de vapor de água através dos estomas.
A teoria da tensão-coesão-adesão, inicialmente desenvolvida por Dixon e Joly (1895), é o modelo atualmente mais aceite para explicar o movimento ascendente da seiva bruta (xilémica) na planta. Este movimento é uma consequência da perda de vapor de água através dos estomas.
Segundo esta teoria, o motor do movimento da seiva bruta é a tensão (pressão hidrostática negativa) criada pela transpiração. Quando as células do mesófilo libertam vapor de água para o exterior, em função de um gradiente de pressão de vapor entre os espaços intercelulares e a superfície da folha, o potencial hídrico da água (energia livre das moléculas) que rodeia as células do mesófilo diminui. Como consequência dessa diminuição, e das forças de coesão entre moléculas de água, esta vai deslocar-se das células do xilema foliar próximas (onde o seu potencial hídrico é mais elevado) para as células do mesófilo, pois a água desloca-se de zonas de potencial hídrico mais elevado (próximo de zero) para zonas de potencial hídrico mais baixo (mais negativo). Cria-se assim um gradiente de potencial hídrico que se propaga às colunas de água do xilema, desencadeando uma força de tensão que permite o movimento de água através do continuum solo-planta-atmosfera. Devido à coesão entre moléculas de água, e à sua adesão às paredes celulares dos vasos xilémicos, forma-se uma coluna contínua que transmite a tensão desde as células do mesófilo até às raízes. A combinação das três forças – tensão, coesão e adesão, permite manter a corrente de transpiração, responsável pela geração de um défice hídrico ao nível da raiz e consequente absorção de água.
Referências
- 1 Raven, P., Evert, R. e Eichhorn, S. (2013) Biology of Plants, 8ª Ed., W.H. Freeman and Company / Worth Publishers.
- 2 Taiz, L. e Zeiger, E. (2010) Plant Physiology, 5ª Ed., Sinauer Associates, Inc
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