Isómeros e isomerismo
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- Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Referência Fernandes, R.F., (2014) Isómeros e isomerismo, Rev. Ciência Elem., V2(1):027
DOI http://doi.org/10.24927/rce2014.027
Palavras-chave Isómeros; isomerismo;
Resumo
Os compostos que apresentam a mesma fórmula molecular são designados por isómeros. O fenómeno caracterizado pela existência de compostos que apresentam a mesma fórmula molecular mas que diferem na fórmula de estrutura ou na fórmula estereoquímica é designado por Isomerismo.
Este fenómeno foi descoberto em 1827, quando o químico alemão Friedrich Wöhler (1800-1882) preparou ácido ciânico e verificou que este composto, apesar de apresentar propriedades diferentes, tinha uma composição igual ao ácido fulmínico (figura 1).
Wöhler, no ano seguinte, verificou o mesmo fenómeno para a ureia e o isocianato de amónio, ou seja, ambos os compostos apresentam a mesma fórmula molecular (figura 2) mas diferentes propriedades.
Posteriormente, o químico sueco Jakob Berzelius justificou este fenómeno propondo que os átomos numa molécula podem-se ligar de diferentes maneiras, tendo introduzido o termo isómero para designar estes compostos. Etimologicamente, a palavra isómero deriva do grego isos que significa “igual” e meros que significa “parte”.
Os isómeros são classificados de acordo com os diferentes arranjos estruturais ou espaciais (figura 3). Os isómeros que diferem na fórmula de estrutura designam-se por isómeros constitucionais. Os isómeros que diferem apenas na fórmula estereoquímica (disposição espacial dos átomos), designam-se por estereoisómeros ou isómeros estereoquímicos (isómeros cis-trans, confórmeros, enantiómeros).
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