Haplonte - ciclo de vida
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- Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Referência Moreira, C., (2014) Haplonte - ciclo de vida, Rev. Ciência Elem., V2(4):073
DOI http://doi.org/10.24927/rce2014.073
Palavras-chave célula; espirogira;
Resumo
A espirogira é uma alga verde, filamentosa, que habita ambientes de água doce (figura 1). Estas algas podem-se reproduzir assexuada ou sexuadamente, dependendo das condições do meio.
Em condições favoráveis, geralmente no inverno com maior abundância de água, os filamentos crescem e algumas porções soltam-se, por fragmentação, originando novos indivíduos independentes. Quando as condições são desfavoráveis, a espirogira reproduz-se sexuadamente.
Detalhes da reprodução sexuada em espirogira
Para ocorrer reprodução sexuada em espirogira é necessário que dois filamentos estejam suficientemente próximos para que haja contacto entre as suas células. Cada uma das células desenvolve uma protuberância – a papila – que cresce na direção do filamento oposto, até se encontrarem as duas papilas. Quando se dá o contacto entre estes dois canais a parede e membrana celulares de ambas desintegram-se formando o tubo de conjugação, que permite a comunicação entre as duas células.
Numa das células dá-se a condensação do conteúdo celular – célula dadora – que irá migrar para a outra célula – célula recetora – através do tubo de conjugação (Fig.1). O gâmeta dador é assim transferido para o interior da célula recetora, onde se encontra o gâmeta recetor (imóvel), ocorrendo a fecundação com a fusão dos citoplasmas e dos dois núcleos haploides, formando um zigoto diploide (figura 2).
Após a fecundação os filamentos desagregam-se e o zigoto segrega uma parede espessa e impermeável que o rodeia permitindo-lhe sobreviver em estado latente até as condições ambientais serem de novo favoráveis.
Quando as condições são favoráveis o zigoto, em estado de latência, germina sofrendo uma meiose – meiose pós-zigótica – formando-se quatro núcleos haploides. Destes quatro núcleos, três degeneram; a célula restante por mitoses sucessivas originará um novo filamento de espirogira – ser haplonte.
Referências
- 1 Imagem de John Elson (http://www.3dham.com/microgallery/index.html)
- 2 Imagem de Keysotyo, Wikimedia Commons.
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