Nesta reação, o ácido e base neutralizam-se completamente originando água e o sal cloreto de sódio (NaCl), em que o catião (Na+) provém da base e o anião (Cl-) provém do ácido. Nas regras de escrita da fórmula química de um sal, representa-se primeiro o catião e de seguida o anião, como se verifica no exemplo NaCl (Na+, Cl-). No entanto, nas línguas latinas, no nome do composto a ordem é inversa à da fórmula química, isto é começa sempre pela designação do anião. Por exemplo, o nome de MgCl2 é cloreto de magnésio. Na composição dos sais, os iões que os formam podem ser monoatómicos, como o anião brometo (Br-) ou o catião cálcio (Ca2+), ou poliatómicos como o anião sulfato (SO42-) ou o anião nitrato (NO3-). Relativamente à origem dos iões, esta pode ser inorgânica, como por exemplo, os aniões nitrito (NO2-) ou o catião amónio (NH4+), ou orgânica como o anião acetato (CH3COO-).


Quando os sais são isolados, por exemplo, através da evaporação da água, os iões aproximam-se e ligam-se por interações eletrostáticas (ligações iónicas), dando origem a um composto sólido, eletricamente neutro, que se apresenta organizado numa rede cristalina. A maioria dos sais apresenta temperaturas de fusão muito elevadas (e.g. NaCl: 801 ºC), devido à elevada energia necessária para quebrar a rede cristalina. Quando fundidos, ou dissolvidos em água, os sais, conduzem a corrente elétrica.


Vulgarmente, no quotidiano, o termo "sal" refere-se ao cloreto de sódio (NaCl), também conhecido como "sal da cozinha". Para além do uso culinário, uma das aplicações mais comuns do cloreto de sódio (NaCl) é na remoção do gelo nas estradas durante o inverno, uma vez que uma mistura de sal e água apresenta uma temperatura de congelação apreciavelmente negativa, evitando que a água congele, diminuindo assim os riscos de acidentes para os automobilistas.