O recenseamento geral de uma população é uma prática que remonta à antiga Roma e Egito, onde já há conhecimento de recenseamentos da população, feitos a intervalos regulares, com o objetivo principal de obter informação para a coleta de impostos, chamada para o serviço militar e outros assuntos governamentais. Apesar disso, a sua prática corrente, com carácter periódico, só teve lugar, na maioria dos Países, a partir do sec XIX. Esses censos periódicos são feitos em geral de 10 em 10 anos e, em princípio, todos os Países são encorajados a cumprir certas normas internacionais ao elaborar um recenseamento (GRAÇA MARTINS et al (1999)).

Os Recenseamentos da População e Habitação (Censos) são apontados nas respetivas recomendações mundiais, editadas pela ONU - Organização das Nações Unidas, como as operações estatísticas “mais complexas e dispendiosas que qualquer país pode realizar”. Nos nossos dias, e segundo os Princípios e Recomendações da ONU (2006), os Censos são entendidos como processos normalizados de recolha, tratamento, avaliação, análise e difusão de dados referenciados a um momento temporal específico e respeitantes a todas as unidades estatísticas (indivíduos, famílias, alojamentos e edifícios) de uma zona geográfica bem delimitada, normalmente o país (http://www.ine.pt).

Até hoje realizaram-se em Portugal, segundo as recomendações internacionais iniciadas em 1853, catorze recenseamentos da população e quatro recenseamentos da habitação, remontando a 1970 a primeira realização simultânea dos dois tipos de recenseamentos (http://www.ine.pt). Os últimos Censos tiveram lugar em 2011.