Condensador
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- Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Referência Pinto, J.R., (2014) Condensador, Rev. Ciência Elem., V2(3):222
DOI http://doi.org/10.24927/rce2014.222
Palavras-chave Condensador; vidro; laboratório; química; líquidos;
Resumo
Um condensador é uma peça de vidro utilizada no laboratório para a condensação ou para o arrefecimento de vapores ou de líquidos por meio de um líquido refrigerante que nele circula.
O condensador é normalmente utilizado na destilação para arrefecer o vapor dos componentes da mistura e provocar a sua condensação. O líquido refrigerante deve circular constantemente para arrefecer a parede do condensador onde se condensem os vapores que se desprendem do balão de destilação Os condensadores também são bastante utilizados em processos de refluxo, em que se faz o aquecimento de uma mistura sem perdas de solvente por vaporização, dado que o condensador arrefece os vapores do solvente e provoca a sua condensação.
Existem diversos tipos de condensadores, dependendo do fluido utilizado para arrefecimento. Entre estes destacam-se os condensadores com arrefecimento a ar e os condensadores com arrefecimento a água.
O condensador mais simples é o condensador de Liebig, (figura 1), cujo fluido de arrefecimento é a água. Curiosamente, os responsáveis pela criação deste condensador foram Christian Ehrenfried Weigel, P. J. Poisonnier e Johan Gadolin, tendo o químico Justus Baron von Liebig popularizado a sua utilização de tal modo que viu ser-lhe atribuído o seu nome. Consiste num tubo de vidro, largo e comprido, que contém no seu interior um outro tubo de vidro mais estreito, de forma variável (em hélice, com dilatações, etc.) que é percorrido pelo fluido. No tubo exterior circula um fluido (normalmente água, às vezes ar) responsável pelo arrefecimento do vapor/líquido que circula no tubo interior do condensador. O tubo exterior do condensador apresenta duas aberturas, uma para a entrada do fluido de arrefecimento (na abertura inferior) e a outra para a sua saída (na abertura superior).
Modernamente, as extremidades dos condensadores são de vidro esmerilado para permitir o encaixe rápido noutras peças de material de vidro. Num processo de destilação, a extremidade superior do condensador é ligada à cabeça de destilação, que estabelece a ligação entre o balão de destilação e o condensador, e a extremidade inferior é ligada a um tubo (alonga) que conduz o líquido, que resultou da condensação, para um recipiente de recolha.
Outro tipo de condensador, muito utilizado em processos de destilação fracionada, é o condensador de Vigreux, desenvolvido por Henri Vigreux 1, que constitui uma modificação a um condensador mais primitivo, simplesmente designado por condensador a ar. O condensador de Vigreux é arrefecido a ar e é vulgarmente utilizado como coluna de fracionamento em processos de destilação.
Referências
- 1 http://www.rsc.org/chemistryworld/Issues/2008/April/VigreuxsColumn.asp, consultado em 03/02/2010.
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