A variância amostral é uma medida de dispersão ou variabilidade dos dados, relativamente à medida de localização média. Se representarmos os dados por x1,x2,...,xn, a variância obtém-se a partir da expressão


s2=ni=1(xiˉx)2n1


Além da expressão anterior, por vezes tembém se utiliza a expressão


s2=ni=1(xiˉx)2n

Estas duas estatísticas podem ser utilizadas para estimar o parâmetro variância populacional σ2. No entanto as estimativas s2, para amostras de dimensão pequena, têm tendência para estarem mais próximas do parâmetro a estimar do que s2 (ver estatísticas).

Suponha que se pretendia estimar a variância (populacional) dos frangos (machos) de 2 meses, criados num certo aviário. Para tal, selecionaram-se ao acaso 20 frangos, que se pesaram, tendo-se obtido os seguintes valores (em kg):


2,642,382,302,692,322,662,362,702,491,56

2,332,262,152,452,022,733,092,472,442,79


Calculando a média dos valores anteriores obtém-se ˉx = 2,44kg. Para calcular a variância (amostral) considera-se


s2=(2,642,44)2+(2,382,44)2+...+(2,792,44)219
=0,10

Assim, o valor de 0,10kg2 é uma estimativa da variância pretendida.


Uma vez que a variância envolve a soma de quadrados, a unidade em que se exprime não é a mesma que a dos dados. Assim, para obter uma medida da variabilidade ou dispersão com as mesmas unidades que os dados, tomamos a raiz quadrada da variância e tem-se o desvio padrão amostral que é a medida que geralmente se utiliza para medir a variabilidade dos dados relativamente à medida de localização média.