Desde novembro de 2013, temos estado a disponibilizar
no Banco de Imagens da Casa das Ciências um conjunto
alargado de imagens – já são mais de 450 e há muitas mais em preparação – provenientes do banco de imagens canadiano
BIODIDAC.
Este banco de imagens foi financiado pelo
"Programme de perfectionnement linguistique" do Heritage Canada e do Governo do Quebeque, bem como
pela Universidade de Otava. A autorização para a adaptação e publicação foi concedida à Casa das Ciências a 22 de
outubro de 2013 pelo Prof. Antoine Morin, Diretor do Departamento de Biologia da Universidade de Otava.
O banco BIODIDAC contém mais de 6500 imagens que, ao
longo do tempo, têm estado a ser adaptadas, com a elaboração de descritivos atualizados em língua portuguesa, para o Banco
de Imagens da “Casa”. Iniciámos este sub-projeto centrandonos nos diagramas a preto e branco de uma das autoras do banco:
Ivy Livingstone. São, na sua grande maioria, desenhos simples, diagramáticos, que podem ser usados e adaptados a muitos
contextos educativos e a diferentes níveis de ensino. Destacamos o facto de, para algumas das imagens, existirem duas
versões: uma apenas com o desenho e outra com legendas; noutros casos existem, para um mesmo organismo, versões da
anatomia externa e interna. Em alguns casos, como o que exemplificamos abaixo, estas ilustrações podem complementar outras
fotografias publicadas no Banco de Imagens.
Figura 1. Ilustração do funcionamento da bomba de sódio-potássio (da esquerda para a
direita): três iões Na+ ligam-se no lado citoplasmático ao complexo proteico; a proteína transportadora é
fosforilada pelo ATP; a fosforilação provoca uma alteração conformacional da proteína, diminuindo a afinidade para o
Na+ e aumentando a do K+; os três iões Na+ são libertados para o exterior da célula;
dois iões K+ ligam-se do lado exterior da proteína e, após o regresso à conformação inicial, são libertados
no citoplasma. As bombas membranares são sistemas de transporte ativo de eletrólitos através da membrana citoplasmática
que permitem manter o gradiente de iões entre o interior e o exterior da célula.
Figura 2. Duas ilustrações de um coração de gato (Felis catus): à esquerda, a
vista dorsal, à direita, a vista ventral. Os gatos são mamíferos felídeos carnívoros. Embora sejam caçadores solitários,
são animais sociais. Pensa-se que o gato-doméstico já possa ser "companheiro" do ser humano desde há 9000 anos.
Figura 3. Conjunto de três ilustrações com diferentes representações de uma rã: a)
principais características externas; b) esqueleto; c) órgãos internos, nomeadamente os que compõem o sistema digestivo.
A rã é um anfíbio anuro.
Figura 4. Conjunto de três ilustrações com diferentes representações de pólipos de coral:
a) anatomia geral de um pólipo, onde um dos exemplares está representado em secção longitudinal, podendo observa-se também
a anatomia interna do pólipo; b) secção longitudinal onde é possível distinguir as principais partes corporais; c) secção
longitudinal legendada, onde as principais partes corporais são assinaladas. Os corais (cnidários antozoários) são seres
coloniais constituídos por muitos pólipos.
Figura 5. Ilustração do ciclo de vida da cavalinha (Equisetum sp.), uma planta
primitiva que se reproduz através de esporos (e não sementes). O Equisetum é o único género vivo da sua classe,
pelo que é considerado um "fóssil vivo". A diferença entre as duas imagens está na existênciaou não de legendas para cada
estrutura e fase do ciclo de vida.
Figura 6. Conjunto de três imagens, duas ilustrações do BIODIDAC e uma fotografia de
José Pissarra submetida ao Banco de Imagens. Nas duas primeiras imagens (a e b), vemos uma representação esquemática de
um corte transversal de um caule de dicotiledónea onde se pode apreciar a típica organização dos tecidos do caule – a
diferença entre elas está na informação providenciada pela legenda (imagem b); a terceira imagem (c) também representa
um corte transversal de um caule de dicotiledónea, mas trata-se de uma fotografia obtida com microscópio ótico.
Figura 6. Conjunto de ilustrações da dança das abelhas: a) a dança em círculos,
executada dentro da colmeia; b) a dança em oito, executada dentro da colmeia; c) a dança em oito, executada dentro da
colmeia, e o modo como é usada para localizar o alimento; d) a dança em oito, executada fora da colmeia, e o modo como é
usada para localizar o alimento. A dança das abelhas, descoberta e descrita por Karl von Frisch, serve para indicar às
outras abelhas onde é a fonte de néctar mais próxima, dando-lhes informação sobre a direção a seguir e a distância que
precisam de percorrer.