Figura 1. Esquema simplificado de uma montagem para destilação.

Um dos exemplos mais antigos (remonta à antiguidade) e presente na vida do dia a dia é a destilação de bebidas alcoólicas, como as aguardentes, o whisky, o conhaque e outras. Nestas bebidas parte-se de uma mistura com um determinado teor alcoólico e dado que o etanol tem um ponto de ebulição inferior ao da água, obtém-se um destilado com um teor alcoólico superior. Aliás o nome em português vem do Latim ('de-stillare' que significa 'gotejar")3. Para essa operação pode utilizar-se um alambique (Figura 2)4 ou sistemas mais modernos mas baseados no mesmo princípio. O alambique é uma das muitas invenções de origem árabe (al ambiq) e cuja invenção é atribuída a Geber (Jabir Ibn Hayyan, 721-815).


Figura 2. Alambique de cobre (a mistura a destilar é aquecida no lado esquerdo e os vapores condensados numa espiral do lado direito dentro do reservatório com água).

A destilação é empregue em muitas áreas da indústria atual para separar líquidos de sólidos não voláteis ou na separação de dois ou mais líquidos com diferentes pontos de ebulição.Uma matéria-prima corrente submetida a destilação é o petróleo bruto (crude). Para tal usam-se colunas metálicas de pratos onde se realiza a destilação fracionada, em que se retiram vários produtos em vários pontos (diferentes temperaturas) da coluna (Figura 3, esquema e Figura 4, foto2). Desta destilação resultam produtos tão variados como gases de petróleo liquefeito (GPL), gasolina, gasóleo, petróleo de iluminação, fuelóleo, e outros.