Em março de 1839, o químico alemão Christian Schönbein (1799 – 1868) verificou que na eletrólise da água se notava um odor característico no elétrodo positivo.2 Este odor era idêntico ao odor sentido aquando da ocorrência de um arco elétrico entre dois elétrodos. É por este motivo que o nome ozono deriva do grego ozein, que em português siginifica “exalar cheiro”. A fórmula molecular do ozono foi determinada posteriormente, em 1865, pelo químico suíço Jacques-Louis Soret2 (1827 – 1890).


O ozono pode obter-se por ação de descargas elétricas no seio do oxigénio, ou pela ação da radiação ultravioleta sobre o oxigénio molecular. A reação de formação do ozono a partir do oxigénio é endoenergética3, e é traduzida segundo a equação:


3O2(g) + 285,4kJ → 2O3(g)


A presença de ozono nas camadas superiores da atmosfera é de importância vital, dado que previne que grande parte da radiação solar ultravioleta atinja a superfície terrestre. Absorvendo radiação ultravioleta transforma-se em dioxigénio. Esta reação, (exotérmica), é a causa de aquecimento da estratosfera com a altitude.

Tem havido uma crescente preocupação social e científica com a presença de poluentes na atmosfera, porque têm um efeito destruidor da fina camada de ozono que circunda o planeta conduzindo a uma maior exposição humana à radiação ultravioleta responsável pelos elevados índices de cancro de pele em todo o mundo. O grande buraco na camada de ozono está concentrado por cima do continente antártico.

Apesar de nos fornecer proteção, o ozono na troposfera é tóxico e a exposição a este não deve exceder os 0,2 mg/m3 (valor estimado para uma exposição no local de trabalho – 40 horas semanais de trabalho).3