Figura 1. Papel de filtro.

Trata-se de um tipo de papel com elevado grau de celulose e, em alguns casos, algodão. Os papéis de filtro distinguem-se uns dos outros pela dimensão dos seus poros. Como é óbvio, quanto maior a dimensão das porosidades do papel, menos eficiente será o filtro.1 No entanto, é necessário ponderar a relação entre a eficiência da filtração e o tempo em que ela decorrerá. Quanto maiores forem os poros menor o tempo que demora a filtração.

A dimensão dos poros de qualquer papel de filtro situa-se geralmente na ordem da milésima parte do milímetro – o micrómetro (µm), 10-6 m.[1] Cada experimentalista deverá decidir que papel de filtro deve utilizar, de acordo com as dimensões das partículas dos precipitados que ele terá que filtrar.

O papel de filtro utilizado em funis de Büchner, para filtrações por pressão reduzida, consiste simplesmente num pedaço de papel com forma circular. Quando se utilizam funis cónicos (filtração simples), o papel tem de ser dobrado adequadamente para poder conter a mistura em filtração. A figura 2 mostra o modo de realizar a dobragem. Numa filtração com filtro de pregas (que serve para aumentar a superfície de contacto da mistura com o papel de filtro), é necessário proceder conforme a figura 3.


Figura 2. Dobragem mais vulgar de um papel de filtro.
Figura 3. Dobragem de um filtro de pregas.