As pipetas volumétricas são calibradas a 20 ºC para um determinado volume (e.g. 1,00 cm3, 5,00 cm3; 15,00 cm3) e são classificadas de acordo com o seu grau de precisão: classe A e classe B. As pipetas de classe A apresentam uma maior precisão do que as de classe B.

A utilização da pipeta volumétrica é relativamente simples. O líquido é aspirado para o interior da pipeta volumétrica, por sucção, através de uma pompete (propipeta ou pêra enchedora), até a linha inferior do menisco da superfície livre do líquido coincidir com a linha horizontal do tubo da pipeta volumétrica (no passado, fazia-se a aspiração com a boca, o que conduzia algumas vezes a acidentes que podiam ser graves quando o líquido aspirado era tóxico ou corrosivo e por ser nociva a inalação de vapores volatilizados). A seguir, coloca-se a pipeta sobre o recipiente de destino e, pressionando a propipeta, transfere-se completamente o líquido para esse recipiente, sem forçar a queda das gotas remanescentes na ponta cónica da pipeta. Nas raras pipetas volumétricas de dois traços, o líquido deve ser escoado lentamente e apenas até ao traço inferior, observando-se sempre o menisco na horizontal sem erros de paralaxe.

As pipetas volumétricas são tipicamente utilizadas na preparação de soluções com concentração rigorosamente conhecida a partir de soluções mais concentradas, também com concentração rigorosamente conhecida, ou de líquidos puros. A pipeta volumétrica é utilizada na medição de um volume exato da solução concentrada ou do líquido e sua transferência para um balão volumétrico, onde será acrescentado solvente até a linha inferior do menisco da solução coincidir com a linha marcada no gargalo do balão volumétrico.


Figura 1. Representação de uma pipeta volumétrica.