Transporte no Floema
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- Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Referência Moreira, C., (2015) Transporte no Floema, Rev. Ciência Elem., V3(2):100
DOI http://doi.org/10.24927/rce2015.100
Palavras-chave floema; fotossíntese; xilema;
Resumo
A distribuição das substâncias orgânicas produzidas durante a fotossíntese a todas as células é assegurada pelo transporte através do tecido floémico. As substâncias resultantes da fotossíntese dissolvidas na água constituem a seiva elaborada, fundamental à sobrevivência das plantas. Contrariamente ao transporte da seiva bruta (água e sais minerais) através do xilema, o transporte de seiva elaborada via floema é bidirecional – das folhas para a raiz e da raiz para as folhas. A velocidade de translocação da seiva varia ao longo do ano e do dia.
Hipótese do Fluxo de Massa
Em 1930, Ernest Münch propôs uma explicação para a translocação de seiva floémica – hipótese de fluxo de massa – admitindo que a seiva se move influenciada por um gradiente de sacarose estabelecido entre os locais onde a sacarose entra no floema, folha por exemplo, e o local de consumo ou reserva da mesma. A hipótese inicial admitia apenas transporte passivo a favor de um gradiente de concentração de sacarose, mas atualmente sabe-se que também existe associado um transporte ativo, nomeadamente ao nível do tecido clorofilino para o floema contra o gradiente de concentração.
Os glícidos produzidos durante a fotossíntese são convertidos em sacarose antes de entrarem para o floema. A sacarose entra nas células de companhia do floema, por transporte ativo, e é conduzida aos elementos dos tubos crivosos por ligações citoplasmáticas. A entrada da sacarose nos tubos crivosos aumenta a pressão osmótica nestas células o que causa a entrada de água vinda do xilema, e fazendo aumentar a pressão osmótica, exercida nas paredes das células crivosas. A pressão de turgescência faz com que o conteúdo atravesse as placas crivosas para as células, no sentido da menor pressão osmótica. Nas regiões de consumo e armazenamento de sacarose da planta, ela é retirada do floema por transporte ativo, através das células de companhia e a água regressa ao xilema por diminuição da pressão osmótica.
Embora esta hipótese não seja totalmente aceite pela comunidade científica é a que melhor explica o fenómeno de translocação do floema.
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