Esta série foi assim designada em homenagem ao seu descobridor Theodore Lyman, um físico norte-americano. Lyman descobriu as restantes linhas espectrais no período entre 1906 e 1914.


Todas as transições estão situadas na região UV, dado o comprimento de onda da radiação emitida ser inferior a 400 nm. Cada transição é designada de forma sequencial por uma letra do alfabeto grego. Assim, a primeira transição (n = 2 \(\rightarrow\) n = 1) é designada por Lyman-alfa (Ly-\(\alpha\)), a segunda transição (n = 3 \(\rightarrow\) n = 1) denomina-se Lyman-beta (Ly-\(\beta\)) e assim sucessivamente. As características das transições da série de Lyman estão compiladas na tabela seguinte:


Transição 2\(\rightarrow\)1 3\(\rightarrow\)1 4\(\rightarrow\)1 5\(\rightarrow\)1 6\(\rightarrow\)1 \(\infty\) \(\rightarrow\)1
Nome
Ly- \(\alpha\)
Ly-\(\beta\)
Ly-\(\gamma\)
Ly-\(\delta\)
Ly-\(\epsilon\)
\(\lambda\) /nm[1]
121,6
102,5
97,2
94,9
93,7
91,15
Energia / kJ\(\cdot\)mol-1
983,8
1167
1231
1261
1277
1312

A previsão do comprimento de onda da radiação emitida pelas transições eletrónicas da série de Lyman e consequente valor energético, pode ser efetuada através da fórmula de Rydberg. Esta fórmula foi desenvolvida pelo físico sueco Johannes Rydberg entre 1888 e 1890 tendo como base a fórmula empírica desenvolvida pelo matemático suíço Johann Balmer (fórmula de Balmer). A equação de Rydberg, a seguir apresentada, permite o cálculo do comprimento de onda de qualquer transição eletrónica para o átomo de hidrogénio:


\(\frac{1}{\lambda}=R \left ( \frac{1}{n_1^2} - \frac{1}{n_2^2} \right ) \qquad \mbox{com } n_1 < n_2 (n=1,2,3,...) \qquad \qquad \qquad\qquad \qquad (1)\)


Nesta equação, n1 e n2 representam os níveis atómicos correspondentes à transição eletrónica n2 \(\rightarrow\) n1 e R representa a constante de Rydberg, R = 1,097 373 156 852 5 (73) \(\times\) 107 m-1. No caso da série de Lyman, n1 = 1.