Na Antiga Grécia, alguns filósofos defendiam esta ideia de fixismo dos seres vivos, como Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.). Aristóteles defendia que os seres vivos eram criados a partir de matéria inanimada e que um “princípio ativo” a transformava em matéria viva – Teoria da Geração Espontânea. Em 1668, Francesco Redi, realizou uma experiência onde colocou bocados de carne e de peixe crus em recipientes diferentes, uns cobertos com gaze para que houvesse apenas circulação de ar e outros em frascos abertos. Ao fim de alguns dias as amostras nos frascos abertos tinham larvas de mosca enquanto as cobertas com gaze não. Embora refutasse a ideia de geração espontânea, esta ideia de que a matéria viva era gerada de matéria inanimada perdurou até 1864 quando Pasteur (1822-1895) provou o contrário com a descoberta do processo de pasteurização.

O criacionismo, referido na Bíblia, no Livro do Génesis, defende que os seres vivos foram criados por uma entidade divina, num único ato de Criação e com as mesmas características dos seres vivos atuais. A diversidade biológica é vista como uma evidência de que o Criador terá planeado cada espécie com um determinado fim, sendo estas perfeitas e imutáveis.

Carl Linnaeus (1707-1778) foi um fixista convicto e um importante pilar nos estudos da sistemática dos seres vivos.

Outra teoria fixista é o Catastrofismo preconizado por Georges Cuvier (1769-1832). Baseando-se em dados paleontológicos de escavações na bacia sedimentar da região de Paris, terá concluído que as diferenças no aspeto dos fósseis encontrados nos vários estratos rochosos e dos seres vivos atuais poderiam ser explicadas por eventos de repovoamento dos locais com novas espécies provenientes de outras áreas e de outros eventos de criação, após extinção dos organismos causada por catástrofes naturais.

As ideias de Cuvier foram contestadas por Charles Lyell (1797-1875) que apresentou uma explicação para as diferenças encontradas entre os estratos rochosos. O geólogo britânico defendia que os processo erosivos atuais seriam os mesmos no passado, sendo esta a razão para a ausência de fósseis em alguns estratos – lacunas estratigráficas. Segundo Lyell os eventos geológicos são o resultado de processos naturais lentos e graduais. Apesar desta visão do gradualismo nos acontecimentos geológicos, Lyell não aceitava o gradualismo para as espécies.

No final do século XVIII o Fixismo englobando as ideias Criacionistas era aceite assumindo um carácter dogmático. À medida que novas observações eram efetuadas os dados recolhidos na natureza levaram à contestação da imutabilidade das espécies.