Apesar de esta técnica ter sido aceite a nível global quer pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quer pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), ao nível europeu a sua implantação não tem sido fácil, devido maioritariamente à pressão da opinião pública.

A radiação não leva à formação de novos compostos químicos que poderiam ser transmissores de doenças ao ser humano quando da sua ingestão. No entanto, como em qualquer outro processo de conservação, provoca alterações nos alimentos nos aspetos nutricional e organolético (propriedades organoléticas, são as propriedades que podem ser percebidas pelos sentidos do consumidor, como a cor, o sabor, a textura e o odor).

O tratamento por irradiação pode ser aplicado para impedir o desenvolvimento de micro-organismos (por exemplo, para bolbos e tubérculos), para retardar a maturação e a senescência (frutas e legumes), para reduzir a carga microbiológica (carnes, frutas e legumes), eliminar de parasitas e pragas (grãos, cereais, frutas, ervas aromáticas e especiarias) e na esterilização (alimentos prontos para o consumo – moluscos frescos, conservados em temperatura ambiente).

A perda de nutrientes é mínima mas, tal como noutros processos de conservação, o teor de vitaminas é alterado (diminui).