Correntes de Convecção (Hipótese das)
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- * Faculdade de Ciências Universidade do Porto
- ɫ Faculdade de Ciências Universidade do Porto
- ‡ Escola Secundária de Carvalhos
- + Escola Básica 2/3 Soares dos Reis
Referência Dias, A.J.G., Freitas, M.C.A.O., Guedes, F., Bastos, M.C., (2015) Correntes de Convecção (Hipótese das), Rev. Ciência Elem., V3(4):222
DOI http://doi.org/10.24927/rce2015.222
Palavras-chave astenosfera; manto; correntes circulares; temperatura;
Resumo
Hipótese segundo a qual os materiais quentes da parte inferior do manto sobem até ao limite superior da astenosfera e os materiais frios descem, gerando-se correntes circulares desses materiais.
Os materiais rochosos, no interior do manto, encontram-se a temperaturas muito elevadas (da ordem dos 48000 C, junto ao núcleo), enquanto próximo da superfície da Terra se encontram a temperaturas muito mais baixas (em média cerca de 150 C). A elevada diferença de temperatura provoca a subida dos materiais quentes e, portanto, menos densos, até ao limite superior da astenosfera; aí, divergem lateralmente, arrefecendo à medida que se vão deslocando, tornam-se mais densos do que os materiais circundantes e mergulham novamente, em direção à zona mais quente, onde se iniciou o movimento de ascensão, fechando um circuito. Estas correntes circulares de materiais são denominadas correntes de convecção e o circuito é designado célula de convecção.
A primeira ideia sobre as correntes de convecção foi apresentada, em 1928, por Anthony Holmes, professor de uma universidade do Reino Unido. O professor americano, Harry Hess, em 1962, propôs um primeiro modelo, que sugeria que o movimento das placas tectónicas era consequência das correntes de convecção preconizadas por Holmes.
Mais tarde, estudos geológicos realizados nos fundos oceânicos levaram a admitir que as fossas oceânicas correspondemm aos ramos descendentes das mesmas correntes.
Considerando a existência, no manto, de uma série de células de convecção, os fluxos horizontais destas células desenvolvem forças que fazem mover as placas litosféricas e, com elas, os continentes.
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