Diversos autores apontam inúmeras vantagens para os alunos da realização de atividades práticas laboratorial e/ou experimentais (Martins, 2007; Dourado, 2006). Defendem que, através destas: no domínio procedimental, os alunos poderão desenvolver capacidades de observação e de manipulação de diversas técnicas laboratoriais; ao nível do domínio conceptual poderá permitir uma melhor compreensão de fenómenos e domínio da metodologia científica; em termos do domínio titudinal estas poderão, por exemplo, estimular a cooperação entre os alunos.

As atividades propostas durante o workshop tiveram todas a mesma estrutura e incluíram: uma questão problema, objetivo, material, procedimento e questões de discussão e reflexão (Consulte o documento aqui). O guião da atividade foi o documento que utilizámos para registo e discussão durante e após a realização das atividades (Consulte o documento aqui).

O formato do guião segue as orientações do tipo QPORC (Questiona, Prevê, Observa, Reflete, Conclui) (Rodrigues & Oliveira, 2015).

Privilegiaram-se as atividades em os materiais eram de fácil acesso e de baixo custo para que os professores as pudessem realizar mesmo não havendo laboratórios nas suas escolas. Propusemos atividades diversificadas, envolvendo fenómenos do dia a dia, relacionadas com as temáticas das Ciências Naturais, mas que normalmente não são explorados e não constam nos manuais escolares. Algumas das atividades foram: Porque não afundam os peixes?; A saliva em ação; Batatas para cozer ou para fritar; Como se forma um gás? (Fig. 1); Separação de pigmentos por cromatografia (Fig. 2); Porque se espalha sal nas estradas quando neva?

Figura 1. Formação de um gás.
Figura 2. Separação dos pigmentos por cromatografia

Consideramos que o ensino das ciências de base experimental é imprescindível, para, em simultâneo com a aquisição dos conteúdos de ciências, desenvolver processos científicos/capacidades investigativas que poderão ser transferidas para outras áreas do saber.