Propriedades

A função quadrática tem no máximo dois zeros. Determinar os zeros de uma função quadrática é equivalente a resolver a equação do 2ºgrau ax2+bx+c=0, assim poderá ser necessário recorrer à fórmula resolvente para equações do 2ºgrau.
  • Se o discriminante Δ=b24ac for negativo, a função quadrática não tem zeros e portanto ou é sempre positiva ou sempre negativa. Se a>0 a função é positiva para xR, pelo contrário se o coeficiente a<0 então a função é negativa em todo o seu domínio. Ver figura 1.
  • Se Δ>0 a função tem dois zeros, respetivamente: x1=(bΔ)/2a ; x2=(b+Δ)/2a com x1<x2. Neste caso, se a>0 a função é positiva no intervalo ],x1[]x2,+[ e negativa para x]x1,x2[. Já se a<0 a função toma valores positivos para x]x1,x2[ e valores negativos no intervalo ],x1[]x2,+[. Ver figura 2.
  • Finalmente se Δ=0 a função quadrática possui um único zero em x=b/2a. Neste caso, se a>0 a função é positiva em xR{b/2a}. Já se a<0, a função é negativa em xR{b/2a}. Ver figura 3.
      
a>0 e zeros={x1, x2}
x
x1
x2
+
f(x) + 0 0 +


a<0 e zeros={x1, x2}
x
x1
x2
+
f(x) 0 + 0


Figura 1 -
Figura 2 -
Figura 3 -

Monotonia:

Suponhamos a>0 e consideremos a forma canónica para a função quadrática f(x),

f(x)=ax2+bx+c=a[(x+b2a)2+4acb24a2]

Considerando a soma da duas parcelas no interior dos parêntesis retos, verificamos que a primeira depende de x e é sempre positiva. A segunda parcela é constante. Portanto, o menor valor desta soma é atingido quando (x+b2a)2 é igual a zero, ou seja, quando x=b/2a. Neste ponto, f(x) também assume o seu valor mínimo. Concluímos assim que, quando a>0 o menor valor (mínimo da função) assumido por f(x) é: f(b/2a)=c(b2/4a).

Se a<0, o valor f(b/2a) é o maior dos números f(x) (máximo da função), para qualquer xR.

Quando a>0, f(x)=ax2+bx+c não assume valor máximo, é assim uma função ilimitada superiormente. Analogamente, quando a<0, f(x) não assume valor mínimo sendo assim uma função ilimitada inferiormente.

      
Se a>0
x
b/2a
+
f(x) Mín.

f(b/2a)


Se a<0
x
b/2a
+
f(x) Máx.

f(b/2a)