Portugal antes do aparecimento de uns “novos Andes“

https://www.natgeo.pt/ciencia/2019/05/placa-tectonica-ao-largo-de-portugal-pode-estar-em-rutura

Já nos anos 80 do século passado o Prof. António Ribeiro tinha postulado que uma nova zona de subducção se tinha iniciado sob o território de Portugal Continental. Baseava a sua hipótese essencialmente em algumas evidências encontradas por si e pelo colega João Cabral na falha do Pônsul. Hoje com muitos mais dados e com uma equipa multidisciplinar, João Moedas Duarte e um grupo de Investigação do IDL da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa creem ter encontrado a justificação para sismos de grande magnitude ao largo e no território de Portugal Continental – o início de uma zona de subducção em que a crusta oceânica do Atlântico inicia a sua descida sob o bordo Ocidental da Placa Continental Euro-Asiática. Estas notícias têm recentemente vindo a ser abordadas em órgãos de comunicação social – rádios e televisão – e foram de igual modo notícia na prestigiada revista National Geographic. Estes factos levam a que se acredite estarmos em presença de uma zona suscetível de gerar sismos muito violentos, alguns dos quais geradores de tsunamis, como o que ocorreu a 1 de novembro de 1755.



Parece um donuts, mas não é

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2019/04/foto-de-um-buraco-negro-e-revelada-pela-primeira-vez-na-historia.html

Como refere a revista National Geographic, uma rede internacional de investigadores, engenheiros e astrónomos esteve de plantão durante pelo menos cinco noites consecutivas - entre eles o Astrónomo Vincent Fish do MIT, esteve mesmo 24 horas apenas dormindo pequenos períodos de tempo e com todos os alarmes prontos a soar - até que se conseguisse fotografar um Buraco Negro. A primeira imagem de sempre do famoso buraco gravitacional conhecido como buraco negro foi festivamente comemorada ao som de “Bohemian Rhapsody” dos Queen, e com a abertura de uma garrafa de whisky de 50 anos. Apresentada em 1915, a teoria revolucionária de Einstein diz que a matéria deforma ou curva a geometria do espaço-tempo, e a gravidade é a forma de nos percecionarmos essa distorção. A existência de buracos negros extremamente massivos foi uma das primeiras previsões da teoria de Einstein. E, na prática, para que nos são úteis os buracos Negros? Uma técnica de base espacial o VLBI (Very-long-baseline interferometry) permite-nos, com o auxílio de Radiotelescópios apontados precisamente para buracos negros, determinar com uma altíssima precisão a movimentações entre placas tectónicas. Esta é umas das aplicações práticas mais úteis por exemplo em Tectónica.



Pilhas de fluxo: sustentabilidade e armazenamento de energia

Adaptado de Vanadium Redox-Flow Battery de Sumitomo Electric Industries

O custo da eletricidade obtida através de fontes renováveis como o sol e o vento tem vindo a tornar-se competitivo em relação ao uso de combustíveis fósseis. Todavia a utilização generalizada das fontes renováveis precisa de ultrapassar a sua intermitência com a utilização de sistemas de armazenamento de energia a custo competitivo e sustentáveis.

Entre as várias tecnologias de armazenamento em utilização ou desenvolvimento estão as baterias redox de fluxo (RFB-Redox Flow Batteries), em que a energia é armazenada sob a forma química nos eletrólitos. Uma célula de fluxo ou bateria redox é uma célula eletrolítica em que os eletrólitos são bombeados através dos compartimentos do ánodo e do cátodo a partir de tanques de armazenamento. Os dois eletrólitos são separados por uma membrana semipermeável.

A bateria de fluxo mais corrente utiliza Vanádio (ver figura) mas a sua utilização em grande escala está condicionada pelo custo dos eletrólitos e por razões de sustentabilidade. As antraquinonas têm sido objeto de grande atenção com vista a serem utilizadas em RFBs por razões de sustentabilidade e de terem uma cinética redox rápida, mas a sua utilização está condicionada à estabilidade das antraquinonas.

Um artigo recente [Journal of the American Chemical Society, 2019; DOI: 10.1021/jacs.8b13295], vem renovar as expectativas de viabilidade do uso das antraquinonas em baterias para armazenamento de energia. No estudo reportado, identifica-se o mecanismo de degradação homogénea da antraquinona responsável pela rápida perda de capacidade da bateria (formação de antrona e sua dimerização) e são propostas condições que permitem atenuar bastante o processo de degradação.