FIGURA 1 - Sessão plenária, com Arlindo Oliveira.

Na opinião da generalidade dos participantes, permitiu uma abordagem cuidada, de extrema qualidade e enriquecedora, sob vários pontos de vista, configurando uma componente formativa que é raro encontrar nos nossos dias. Deve também apresentar-se aqui uma chamada de atenção para o extraordinário trabalho que a equipa da FCUL (professores e alunos) desenvolveram ao longo dos três dias e na preparação deste evento.

Como já vem sendo hábito, uma das grandes mais valias do encontro foi a realização de mais de cento e vinte (127) oficinas operacionais que procuraram dar aos professores ideias para eles levarem diretamente para a sua sala de aula. Há sempre a preocupação de que o trabalho proposto seja replicável na sala de aula (figura 2).

O enquadramento inicial do tema foi feito a partir de uma mesa redonda de discussão da flexibilidade curricular, onde foram apresentadas visões contrastantes. Vítor Leite, diretor da Escola Secundária de Penafiel como “agente” no terreno, Adelino Galvão do Instituto Superior Técnico, como um dos agentes da conceção do processo e Maria João Horta, Subdiretora da Direção Geral de Educação em nome da tutela, foram as vozes que corporizarem este debate.


FIGURA 2 - Workshop.

A tarde do segundo dia teve o seu ponto alto no painel subordinado ao tema “O porquê de ensinarmos Ciências a TODOS no ensino básico e secundário” que contou com três referências da nossa Ciência, Educação e Cultura - Eduardo Marçal Grilo, Henrique Leitão e Manuel Sobrinho Simões - que presentearam a enorme plateia com um debate extraordinário que será recordado por muito tempo como uma referência para quem ensina ciência em língua portuguesa (figura 3), merecem destaque as duas conferências maiores de abertura e encerramento. A primeira, pelo Professor Arlindo Oliveira, Presidente do Instituto Superior Técnico (Universidade de Lisboa) , abordou “A importância do ensino da ciência e da tecnologia para o futuro da humanidade” de uma forma que entusiasmou os presentes e surpreendeu pela sua visão abrangente do passado, do presente e do futuro; da evolução da tecnologia como solução para os problemas que se vão colocando na história da humanidade. O encerramento foi feito pelo Professor Carlos Fiolhais da Universidade de Coimbra que, como seria espectável neste Ano Internacional da Tabela Periódica, falou sobre os limites da Tabela Periódica, explorando a organização da Tabela e fazendo algumas considerações sobre o que a Física permite prever para o futuro.


FIGURA 3 - Painel com Manuel Sobrinho Simões, José Ferreira Gomes, Eduardo Marçal Grilo e Henrique Leitão.

Completaram as mais de 500 horas de formação que foram disponibilizadas neste encontro, os habituais espaços dedicados à apresentação de comunicações e em sessões de apresentação de projetos que ocuparam parte significativa da última tarde. Foram apresentadas algumas iniciativas editoriais, nomeadamente, o “Bairro da Tabela Periódica” de Manuel João Monte e o “Eclipse de Einstein” de Nuno Crato e Luís Tirapicos.

O site do evento, https://www.casadasciencias.org/6encontrointernacional/, permite rever as fotografias e vídeos que foram obtidos durante os trabalhos. Em 2020 regressamos ao Porto com o VII Encontro.

Fica desde já o convite, mas as inscrições só abrirão no princípio de fevereiro.