Insulina
📧 , 📧
- * Universidade de Aveiro
- ɫ Química/ Universidade de Aveiro
Referência Claro, P.R., Almeida, M. C., (2021) Insulina, Rev. Ciência Elem., V9(2):036
DOI http://doi.org/10.24927/rce2021.036
Palavras-chave Insulina, Cristalografia, molécula
Resumo
A imagem «Insulina» foi submetida por Mariana Coimbra de Almeida, e está disponível no Banco de Imagens da Casa das Ciências.
Escolhi esta imagem de destaque por ser “a outra face” da imagem de capa, ambas inspiradas na personagem impar de Dorothy Hodgkin, a cientista biografada neste número da revista e que se distinguiu pelos seus trabalhos de cristalografia. Se o tema de capa remete para a beleza e magia dos padrões cristalinos, nas suas diversas perspetivas, esta imagem de destaque recorda que um dos maiores sucessos de Dorothy Hodgkin foi a determinação da estrutura da insulina, numa demanda de trinta e cinco anos.
O hexâmero da insulina, representado na forma designada por cartoon, é já uma imagem quase icónica da bioquímica. A visão aqui representada é portanto a visão mais tradicional desta proteína, que pode encontrar- se em livros, revistas e páginas web. O toque de originalidade que a distingue resulta da integração desta imagem com um fundo estruturado, a que a autora atribui um significado preciso (a comemoração dos 100 anos de uma descoberta de enorme importância para a vida de milhões de pessoas), e que resulta num conjunto esteticamente apelativo.
Paulo Ribeiro-Claro
Química/Universidade de Aveiro
O desafio que esta imagem me propôs foi o de juntar a beleza estética de uma proteína na sua representação estrutural mais atraente – a que descreve os segmentos de cadeias em hélice-\(\alpha\) como caracóis coloridos – com a celebração de uma descoberta de enorme importância na vida de milhões de pessoas, e que foi reconhecida com o Prémio Nobel da Medicina e da Fisiologia em 1923. A proteína em causa é a insulina e “a sua descoberta em 1921 transformou a diabetes de uma sentença de morte numa condição crónica” (Endocrine Society). A visão apresentada identifica de forma nítida os seis segmentos que constituem esta proteína. Para obter a relação entre a proteína e a doença diabetes utilizei como elemento de fundo uma cópia do papiro de Ebers (datado de cerca de 1550 a.C., é o mais antigo documento encontrado até hoje com referência à diabetes).
O papiro adquire uma essência fluida, que se associa à natureza da doença, e da qual emerge a representação molecular da insulina.
Mariana Coimbra de Almeida
Química/ Universidade de Aveiro
Este artigo já foi visualizado 3056 vezes.