Modelo padrão
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- * DM/ Universidade do Porto
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Referência Tavares, J. N., Machiavelo, A., (2022) Modelo padrão, Rev. Ciência Elem., V10(1):012
DOI http://doi.org/10.24927/rce2022.012
Palavras-chave Matemática, Modelo padrão
Resumo
A imagem «Modelo padrão» foi submetida por António Machiavelo, e está disponível no Banco de Imagens da Casa das Ciências.
A imagem de destaque deste número da RCE, mostra o Lagrangeano do modelo padrão que incorpora o nosso conhecimento de todos os diferentes tipos de partículas elementares encontradas na natureza.
A evidente complexidade desta fórmula matemática, motivou o grande matemático Alain Connes, Medalha Fields em 1982, a encontrar um modelo alternativo que fosse de interpretação muito mais simples.
A abordagem de Connes (On the fine structure of spacetime), distinta da abordagem tradicional da comunidade da física de partículas, consiste em identificar uma estrutura de espaço-tempo que poderia dar origem ao Modelo Padrão acoplado à gravidade – para alguns a última teoria de tudo!
Esta é uma história fascinante de interação entre matemáticos e físicos, na busca incessante de uma teoria de grande unificação, cuja solução poderá estar em novas e revolucionárias abordagens. Mas o caminho percorrido é já, por ele próprio, uma conquista verdadeiramente extraordinária das capacidades da mente humana.
João Nuno Tavares
DM/ Universidade do Porto
A complexidade da fórmula apresentada, revela uma beleza estética surpreendente.
A Matemática contém uma forma inefável de beleza, refletida nas estruturas que cria e que refletem padrões subtis, de outro modo inacessíveis, que fazem parte da própria textura do universo, assim como na ordem e no rigor com que organiza o conhecimento que vai acumulando. Os matemáticos há muito que comparam a experiência da beleza matemática à da beleza visual e musical.
Uma fórmula matemática é bela. Pode despertar a mesma sensação de beleza que desperta a escrita baseada em alfabetos simbólicos (mandarim, árabe) ou figurativos (egípcio). O neurocientista Semir Zeki sugere que, ao considerar a beleza, os matemáticos podem estabelecer uma conexão profunda entre o cérebro humano e o mundo natural — a experiência da beleza pode ser um indicador da verdade sobre o universo, diz.
Muitos matemáticos dizem que lutam pela beleza da mesma forma que um compositor ou um pintor fariam.
António Machiavelo
DM/ Universidade do Porto
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