Estas espécies reativas (ER) incluem os radicais hidroxilo (OH), superóxido (O -•) e óxido nítrico (NO) e entidades químicas não radicalares como o peróxido de hidrogénio (H2O2) e o ácido hipocloroso (HOCl), entre outros. Na TABELA 1 encontram-se descritos alguns exemplos de ER.


TABELA 1. Exemplos de ER.

Nos mamíferos, a formação de ER decorre maioritariamente de processos redox que ocorrem nas células. Deste modo, a produção de radicais livres é um processo fisiológico natural, sendo uma parte essencial da vida. No entanto, a produção excessiva de ER e a sua elevada reatividade podem ter implicações patológicas, causando danos aos sistemas que são responsáveis por manter a sua regulação. O efeito tóxico decorrente do excesso de ER é denominado de stress oxidativo2 e pode decorrer quando i) há um desequilíbrio entre a produção e a eliminação de ER, com favorecimento do primeiro em detrimento do segundo; ii) os mecanismos de defesa endógenos não se encontram funcionais (FIGURA 1); iii) há alterações dos processos redox celulares3, 4, 5.

O stress oxidativo está associado à aceleração dos processos relacionados com o envelhecimento e ao aparecimento de diversas doenças crónicas incluindo doenças neurodegenerativas, cancro, diabetes e doenças cardiovasculares6.


FIGURA 1. Balanço Oxidante/Antioxidante5.

A sobreprodução de ER pode ter origem endógena, no caso de ocorrer defeitos no normal funcionamento do metabolismo celular ou exógena pela ação de poluentes ambientais, exposição a luz ultravioleta, raios x e gama, maus hábitos alimentares, metabolismo de fármacos (efeitos secundários), do uso de drogas de abuso, tabaco e/ou álcool7.