A competição pode ser intraespecífica, entre indivíduos da mesma espécie (por exemplo, peixes da mesma espécie num mesmo lago ou duas árvores que cresçam perto uma da outra vão competir por recursos como a água e os nutrientes disponíveis no solo), podendo resultar numa redução das taxas de crescimento e reprodução de alguns indivíduos, na exclusão de alguns indivíduos de certos habitats ou até na morte de alguns. A competição interespecífica, entre indivíduos de diferentes espécies (por exemplo, dois predadores que se alimentam do mesmo tipo de presa), afeta os indivíduos da mesma forma que a competição intraespecífica mas pode levar também à exclusão de determinada espécie de certos habitats onde a mesma não pode ser bem sucedida. Em casos extremos a competição pode levar à extinção de uma das espécies envolvidas.

A competição pode ser por exploração de um recurso comum (espaço, alimento, locais de reprodução, etc) sem que os organismos se encontrem – na natureza, as espécies com nichos ecológicos semelhantes sobrevivem porque o ambiente é muito diverso não havendo uma sobreposição total dos nichos – por exemplo, um predador noturno e um diurno podem habitar a mesma área mas têm diferentes ritmos de atividade. Os diferentes recursos disponíveis são assim utilizados de forma diferencial evitando a extinção de uma das espécies. A competição também pode ser por interferência, com interação direta entre os indivíduos – agressão física, produção de substâncias tóxicas, etc.

As primeiras experiências laboratoriais sobre os efeitos da competição foram realizadas por G.F.Gause, descritas em 1934 no seu livro ”Struggle for Existence”. Gause trabalhou com protozoários, Paramecium aurelia e Paramecium caudatum, e observou que em todas as experiências uma das espécies crescia mais rapidamente monopolizando os recursos alimentares e levando os seres da outra espécie à morte – competição por exclusão.