A equação que relaciona a depressão crioscópica (diferença entre as temperaturas de fusão de uma solução e do correspondente solvente puro, \(\Delta {T_c}\) com a concentração de soluto é a seguinte:

\[\Delta {T_c} = {K_c}.m.i\]

onde \({K_c}\) representa a constante crioscópica do solvente, \(m\) a molalidade da solução e \(i\) o fator de van’t Hoff. Este fator contabiliza o número de moles (de moléculas ou de iões) que uma mole de um soluto origina quando dissolvido num determinado solvente. Por exemplo, quando dissolvidos em água, uma mole de sacarose (não eletrólito) origina uma mole de moléculas de sacarose hidratadas (\(i = 1\)), enquanto uma mole de hidróxido de sódio (eletrólito forte) origina uma mole de catiões sódio e uma mole de aniões hidróxido, ou seja, duas moles de iões (\(i = 2\)). Na tabela são indicados os valores das temperaturas de fusão ( \({T_f}\)) e das constantes crioscópicas de alguns solventes mais utilizados.


Composto \({T_f}\) / K \({K_c}\) / K kg mol-1
Água (H2O) 373,15 0,512
Fenol (C6H5OH) 454,90 3,04
Ácido acético (C2H6COOH) 391,2 3,07
Benzeno (C6H6) 353,2 2,53
Dissulfureto de carbono (CS2) 319,4 2,37
Tetracloreto de carbono (CCl4) 350,0 4,95
Clorofórmio (CHCl3) 209,6 4,68
Cicloexano (C6H14) 279,6 20,2
Etanol (C2H5OH) 158,6 1,99
Éter etílico (C4H10O) 157,0 1,79