As enzimas de restrição foram descobertas em bactérias que resistiam à infeção dos vírus (bacteriófagos) produzindo enzimas que seccionavam o DNA viral, fragmentando-o em porções inofensivas.

As enzimas atuam quando identificam determinadas sequencias especificas – locais de restrição – geralmente compostas por 4-6 nucleótidos. As enzimas cortam as ligações entre o grupo hidroxilo 3’ de um nucleótido e o grupo fosfato 5’ do nucleótido adjacente. As extremidades das cadeias seccionadas – extremidades coesivas – quando contactam com outras resultantes da ação da mesma enzima podem emparelhar por complementaridade.


Figura 1. Esquema de funcionamento da enzima de restrição EcoRI.
Figura 1. Esquema de funcionamento da enzima de restrição EcoRI.

Já foram identificadas várias enzimas de restrição.

A tabela seguinte mostra alguns exemplos de enzimas de restrição, da sequências que reconhecem e a bactéria onde a encontraram.



Enzima Bactéria de origem Sequência de reconhecimento
EcoRI Escherichia coli 5'GAATTC 3'CTTAAG
BamHI Bacillus amyloliquefaciens 5'GGATCC 3'CCTAGG
TaqI hermus aquaticus 5'TCGA 3'AGCT
Xbal Xanthomonas badrii 5'TCTAGA 3'AGATCT

Materiais relacionados disponíveis na Casa das Ciências:


  1. As bactérias E. coli patogénicas e não patogénicas, de Bio-DiTRL;
  2. Laboratório Virtual de Biotecnologia, de Nuno Ribeiro;
  3. Extração do DNA, de Diana Lobo;
  4. Enzima de restrição EcoR1, de Drew Berry.