Figura 1. André-Marie Ampère (1775 - 1836)
Figura 1. André-Marie Ampère (1775 - 1836)

Ampère foi desde cedo considerado um prodígio visto que aos 12 anos já era um ávido manuseador de quase toda a matemática até então existente. Posteriormente, ele tornou-se professor de física e química em Bourg, em 1801, e professor de matemática na parisiense École Polytechnique, em 1809.

De uma forma geral, Ampère não era um experimentalista metódico, porém, surgiam-lhe impulsivamente pensamentos brilhantes sendo, além disso, ávido a interpretar as observações efetuadas por outros. Foi esta forma de fazer ciência que o imortalizou.

Depois de saber que o físico dinamarquês Hans Christian Ørsted (1777 – 1851) tinha descoberto que uma agulha magnetizada era defletida quando colocada próximo de um fio atravessado por uma corrente elétrica, estabelecendo a primeira relação entre a eletricidade e o magnetismo, Ampère preparou num intervalo de uma semana o primeiro de uma série de artigos em que expôs integralmente a teoria por detrás desse fenómeno.

Formulou a lei de Ampère que descreve matematicamente a força magnética entre duas correntes elétricas e realizou diversas experiências sobre correntes elétricas e magnetismo. Os resultados dessas experiências permitiram desenvolver a teoria matemática que explicava os fenómenos eletromagnéticos até então conhecidos.

Ampère foi também o primeiro a desenvolver técnicas de medição na área da eletricidade. Ele criou um instrumento utilizando uma agulha de movimento livre que conseguia medir o fluxo de corrente elétrica. Este instrumento, com refinamentos posteriores, viria a tornar-se o galvanómetro.


Materiais relacionados disponíveis na Casa das Ciências:

  1. Galvanómetro em regime estático, de Jean-Jacques Rousseau;
  2. Fluxímetro, de Jean-Jacques Rousseau.