Molalidade
📧
- Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Referência Lima, L.S., (2014) Molalidade, Rev. Ciência Elem., V2(1):290
DOI http://doi.org/10.24927/rce2014.290
Palavras-chave número de moles; equação; soluto; solvente;
Resumo
A molalidade de um soluto é a quantidade de substância (grandeza referida até 1969 como «número de moles») por unidade de massa de solvente (e não de solução).
Exprime-se matematicamente pela seguinte equação:
\(m_\text{soluto} = \frac{n_{\text{soluto}}}{m_{\text{solvente}}}\)
O símbolo m nesta equação é utilizado com significados distintos: molalidade e massa. Para evitar esta ambiguidade é possível utilizar-se o símbolo b para indicar molalidade.1
\(b_\text{soluto} = \frac{n_{\text{soluto}}}{m_{\text{solvente}}}\)
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de molalidade é mol\(\cdot\)kg-1, juntamente com os seus múltiplos e submúltiplos. Por vezes, a unidade mol\(\cdot\)kg-1 era referida como “molal”, isto é, era equivalente dizer-se que a molalidade de uma solução era 2,0 mol\(\cdot\)kg-1 ou 2,0 molal.
A molalidade, embora menos utilizada que as concentrações molar e mássica, apresenta algumas vantagens. Uma delas é que o cálculo da molalidade requer apenas medições precisas de massas, o que facilmente se consegue atendendo à elevada sensibilidade e precisão das balanças analíticas atuais. Outra das vantagens é que o valor da molalidade não depende de fatores externos como a temperatura ou a pressão, pelo que o seu valor permanece constante, contrariamente aos valores das concentrações molar e mássica.
Referências
- 1 Green Book: IUPAC Quantities, Units and Symbols in Physical Chemistry. Second Edition, Blackwell Scientific Publications, Oxford, 1993.
Este artigo já foi visualizado 4627 vezes.