A raiz etimológica do termo “estequiometria” é grega, obtida por combinação das palavras stoikheïon (elemento) e métron (medida).


aA + bB \(\longrightarrow\) xX + yY


Na equação, a, b, x e y são designados por coeficientes estequiométricos. A estequiometria desta reação refere-se ao facto que a moles de A reagem com b moles de B para se formarem x moles de X e y moles de Y. As proporções estequiométricas são sempre efetuadas numa base molar (e.g. é errado considerar que a gramas de A reagem com b gramas de B). A estequiometria de uma reação pode ser bastante complexa ou até mesmo desconhecida. Por exemplo, a reação de decomposição térmica do acetaldeído (CH3CHO) resulta na formação de metano (CH4) e monóxido de carbono (CO) como principais produtos da reação, mas também se formam pequenas quantidades de outros produtos como acetona, etano ou diacetil. Por isso, a decomposição térmica do acetaldeído é um exemplo de um conjunto de reações com uma estequiometria complexa.1, 2


Para a reação de combustão da glicose (C6H12O6) traduzida pela equação química seguinte


C6H12O6(s) + 6O2(g) \(\longrightarrow\) 6CO2(g) + 6H2O(l)


as proporções estequiométricas entre as substâncias intervenientes são as seguintes: uma mole de glicose para seis moles de dioxigénio, seis moles de dióxido de carbono para seis moles de água, uma mole de glicose para seis moles de dióxido de carbono, etc. Por isso, se se pretender fazer reagir na totalidade 10,0 g de glicose (= 0,0555 mol), deve utilizar-se, no mínimo, 0,333 mol de O2 (= 6 × 0,0555 mol), que corresponde à quantidade estequiométrica necessária. Caso a quantidade de glicose reaja na totalidade de acordo com a reação indicada, formam-se 0,333 mol de H2O e de CO2. Estas proporções quantitativas entre as diferentes substâncias constituem a base da estequiometria.