Os materiais rochosos, no interior do manto, encontram-se a temperaturas muito elevadas (da ordem dos 48000 C, junto ao núcleo), enquanto próximo da superfície da Terra se encontram a temperaturas muito mais baixas (em média cerca de 150 C). A elevada diferença de temperatura provoca a subida dos materiais quentes e, portanto, menos densos, até ao limite superior da astenosfera; aí, divergem lateralmente, arrefecendo à medida que se vão deslocando, tornam-se mais densos do que os materiais circundantes e mergulham novamente, em direção à zona mais quente, onde se iniciou o movimento de ascensão, fechando um circuito. Estas correntes circulares de materiais são denominadas correntes de convecção e o circuito é designado célula de convecção.

A primeira ideia sobre as correntes de convecção foi apresentada, em 1928, por Anthony Holmes, professor de uma universidade do Reino Unido. O professor americano, Harry Hess, em 1962, propôs um primeiro modelo, que sugeria que o movimento das placas tectónicas era consequência das correntes de convecção preconizadas por Holmes.

Mais tarde, estudos geológicos realizados nos fundos oceânicos levaram a admitir que as fossas oceânicas correspondemm aos ramos descendentes das mesmas correntes.

Considerando a existência, no manto, de uma série de células de convecção, os fluxos horizontais destas células desenvolvem forças que fazem mover as placas litosféricas e, com elas, os continentes.